Em
outros posts já mencionei o Flamengo como time que torço e logicamente eu não
poderia deixar de comentar a saída conturbada do Sr Ronaldo e a transferência para
o Atlético Mineiro.
Em
2011 ele chegou com uma apresentação de gala diante de 20 mil torcedores e com
status de “A contratação do Futebol Brasileiro”. O salário de 1mi e 200 mil era
até justo, afinal Ronaldinho Gaúcho já foi eleito duas vezes o melhor do mundo,
ganhou uma Copa e iria jogar no time de maior torcida do Brasil.
O
ano passou e o Fla só ganhou um carioqueta, pouco para um elenco que ainda
tinha Thiago Neves, Alex Silva, Willians, Léo Moura... O Flamengo tinha pelo
menos no papel, um elenco para disputar as primeiras posições do Brasileirão.
Nem tudo que reluz é ouro e o nosso querido Ronaldinho Gaúcho começa a
avacalhar. Uma conjuntivite o tirou do treino, mas não do show de pagode do dia
anterior. No Carnaval desse ano, ele encheu o rabo de cachaça, sendo que na
Quarta Feira de Cinzas tinha semifinal contra o Vasco e o que aconteceu? Não jogou
absolutamente nada e o Fla foi eliminado. As noitadas foram ficando frequentes
e o desempenho em campo cada vez mais pífio. Ronaldinho não era sombra daquele
de 2006. Tudo bem que cobrar dele o mesmo futebol que o consagrou é exagero,
mas se houvesse mais comprometimento, ele jogaria 60% daquilo e já estaria de
bom tamanho. Reflexos disso apenas naquele jogo memorável contra o Santos e
contra os reservas do Avaí, na primeira rodada do Brasileirão de 2011. O que
vimos no Flamengo foi um Ronaldinho apático que não justificava o salário que
ganhava.
Em
2012 o negócio ficou mais tenso ainda. Dormiu com uma mulher na concentração,
ameaçou não viajar para disputar uma partida da Libertadores e ainda ganhou uma
quebra de braço com o técnico Vanderlei Luxemburgo. Pior para ele que acabou
sendo demitido. Uma quebra de hierarquia total, onde Ronaldinho rezou a missa
dando sermão em direção a Luxemburgo e Patrícia Amorim disse Amém. Além disso,
alegou insônia para não treinar, chegou embriagado e definitivamente não jogou
absolutamente nada.
E
aí que entra o Galo Mineiro. Vale a pena investir em um jogador assim, por mais
que o passado dele seja brilhante? Eu sei que em Minas Gerais existe uma
torcida organizada chamada Galoucura e eu tenho certeza que além deles, os
demais atleticanos estão loucos de raiva. Tudo bem que o contrato é de seis
meses, mas um jogador desse só faz tumultuar o ambiente. Cuca com seu
temperamento forte também já vai ser logo o primeiro a picar a mula, pois não
ganhará essa quebra de braço. Contratar Ronaldinho Gaúcho nessas condições é
queimação. Ele não vai jogar nada, o investimento é alto e o ambiente passará
por uma grande crise. Imagine você no ambiente de trabalho. Chega no horário,
cumpre a sua rotina, é disciplinado e ganha R$800,00. Aí chega um mané que se
atrasa, não cumpre a rotina, chega sem condições de trabalho, banca o mandão
sem ser chefe e ganha R$ 2700,00. Passa logo pela sua cabeça: Por que esse
infeliz ganha mais do que eu sendo faço bem mais do que ele? Começa a crise, o
ambiente tumultuado e aquela vontade de não querer sair da cama. Isso é sério e
contagia a todos. O futebol também é assim. O Atlético Mineiro vai ter que se
virar nos 30 com muito jogo de cintura para que o time se saia bem nas
competições que está disputando.
Numa
pesquisa feita pela Globo, antes da contratação, quase 70% dos atleticanos eram
contra a vinda do Gaúcho. E agora será que esse número aumentou? Já tem até
boate dando as boas vindas a ele. Parece piada não é? O hino diz que o Galo é
forte e vingador, então resta saber se o Sr Ronaldo vai vingar, pois essa
resposta ainda é uma incógnita. Pela personalidade dele e o que foi mostrado no
Flamengo, vai ser difícil ele apresentar um futebol digno de seleção
brasileira. No máximo ele vai ser um jogador para compor elenco e deve aceitar
o fato de terem jogadores melhores do que ele na atualidade. Já tá na hora do
Gaúcho esquentar um banco de reservas e que isso aconteça no Atlético.